terça-feira, 31 de dezembro de 2013

  Comunidade Cabo-Verdiana de Sines

celebra Festa da Sagrada Família                                    


 O Bairro onde vive a maior comunidade cabo-verdiana de Sines é, passados 20 anos do início da sua construção, um exemplo de integração urbana. Ali vive uma “irmandade africana” que recusa o rótulo de “ghetto”.

Situado entre a zona industrial ligeira e o Porto de Sines, o aglomerado, o grande centro residencial da comunidade cabo-verdiana na cidade, tem uma vista que atravessa o farpado de uma vedação, reservatórios e tubos, para finalmente alcançar o azul do mar. A comunidade cabo-verdiana residente em Sines representa um pouquinho de Cabo Verde que se fixou por estas paragens a partir da década de 70. Pessoas que se viram forçadas a saírem da sua terra natal, na sua grande maioria, por razões económicas na procura de melhores condições de vida.

A estas paragens chegaram, aqui se fixaram e formaram família, sendo esta comunidade cabo-verdiana, um exemplo de integração a nível nacional. Habituados aos modos de vida e á estrutura da comunidade na qual estão inseridos nunca esqueceram ou abandonam as suas raízes. Por isso, aquando da Missão Popular em Sines, eles lá estiveram bem presentes em todos os momentos desse tempo de evangelização.


Formaram uma Comunidade/assembleia familiar, com mais de quatro dezenas de participantes, que baptizaram com o nome “Unidos na Fé”. E, se até aí era forte a vontade de viver esta união e esta comunhão, mais forte se tornou a partir dessa data.



Ficou decidido que houvesse dois encontros mensais para reflexão da Palavra de Deus e celebração da Fé. Dentro deste espírito de vivência da espiritualidade de natal e da força dos laços familiares, no sábado, dia 27 de Dezembro, numa casa em construção, transformada em “casa da Igreja” as famílias cabo-verdianas reuniram-se para celebrar a festa da Sagrada Família.



 Mais de uma centena de pessoas, crianças de colo e mamãs, velhos e novos, homens e mulheres, com cânticos e alegria, viveram o dom da família e receberam a bênção das famílias. Associaram-se a esta celebração alguns dos missionários e membros de outras comunidades familiares, bem como o pároco, P. José Pereira e os diáconos Joel e á. Foi um momento muito lindo e significativo. Aconteceu, uma vez mais, Natal! P. Agostinho Sousa, CDM/Beja


terça-feira, 17 de dezembro de 2013



Aniversário natalício do Papa Francisco
Cidade do Vaticano, 16 dez 2013 (Ecclesia) – O site do Vaticano lançou um álbum de fotografias com citações do Papa, intitulado ‘A ternura de Deus expressa-se nos sinais’, como forma de assinalar o 77.º aniversário natalício de Francisco, que se celebra esta terça-feira.
O ‘ebook’ com 32 páginas pode ser lido online e cada citação tem uma ligação para o texto original do qual foi tirada.
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito a 13 de março deste ano como sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado.
Francisco é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e o primeiro pontífice sul-americano: nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936, filho de emigrantes italianos, e trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia antes do curso teológico.
Jorge Bergoglio foi afetado por uma grave doença, aos 21 anos, que levou à remoção de parte do pulmão direito.
É aficionado do tango e simpatizante do San Lorenzo, equipa de futebol fundada por um padre que se acaba de sagrar campeã da Argentina.
Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, Bergoglio foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).
João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.
O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.
Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.
Em nove meses de pontificado, o Papa Francisco visitou o Brasil (Rio de Janeiro e Aparecida) e realizou três viagens à Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa.
Entre os principais documentos do atual pontificado estão a encíclica ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), tendo ainda sido convocado um Sínodo sobre a Família, que vai decorrer em duas sessões: uma extraordinária em 2014 e outra ordinária, em 2015.
Francisco criou um Conselho de Cardeais, com membros dos cinco continentes, para o aconselharem no Governo da Igreja e na reforma da ‘Constituição’ do Vaticano, e aprovou nova legislação para regular a atividade financeira do pequeno Estado e da Santa Sé.
Um grupo de crianças apoiadas pelo Dispensário Pediátrico do Vaticano cantou os parabéns e ofereceu um bolo de aniversário ao Papa, no sábado, durante uma audiência que se seguiu à visita de Francisco a esta instituição solidária.
OC
Missão

De 2 a 17 de Novembro, a paróquia de Sines esteve em Missão, com o trabalho de uma equipa constituída pelo Pe Agostinho, da Congregação da Missão, a irmã Celina, de Colos, a Arlete, de Lisboa, o José Neves, de Santiago do Cacém e o Luís, seminarista de Beja. 
Foi um óptimo trabalho apostólico, nos vários sectores da paróquia.
Muito obrigado pelo vosso estupendo trabalho e pelo vosso testemunho!
Que Deus, que nunca falha, vos pague!

SINES: AVALIAÇÃO E PÓS-MISSÃO 


Aconteceu, recentemente, na paróquia do Salvador, em Sines, a Missão Popular. Passado um mês, os animadores das comunidades, o pároco e o responsável diocesano pela animação missionária, reuniram-se para fazer um balanço deste acontecimento de evangelização e para projectar e programar o futuro.

O ambiente feliz e animado fazia transparecer o que foi vivido e experimentado, ao longo de quinze dias, na cidade de Sines. A densidade populacional, a variedade de culturas e de proveniências, a diversidade de propostas e de ocupações, pesaram bastante na preparação e na montagem do tempo forte da Missão. Alguns medos, muitas resistências e certos comodismos levaram a desistências, fragilidades e interrogações.

À medida que se aproximava a data do início da Missão, com a força da oração e a persistência de uma mão cheia de homens e mulheres e com a abertura e ajuda de algumas instituições, como de mansinho e de dentro para fora, começou a operar-se uma mudança. A Fanfarra dos Bombeiros fazia sentir a sua presença e abria a rota e o andor da Senhora das Salas percorria as ruas que, pouco a pouco, se iam enchendo de gente. O largo da Igreja tornou-se pequeno e lá dentro, o templo estava repleto de fiéis.


O olhar da Mãe cruzou-se com muitos olhares que acolheram o convite. As 12 comunidades, ao longo das tardes e noites fizeram a experiência do encontro à luz da Palavra de Deus. Partilharam a fé, a oração e a vida e, na comunidade de comunidades, deram um belo testemunho da sua caminhada. Poderiam ter sido mais comunidades e muitas pessoas envolvidas neste primeiro tempo da Missão. Por este lado, ficou um sabor a pouco. Todavia, o caminho percorrido por estas 12, foi muito positivo e levou a que todas estivessem envolvidas de forma activa nas celebrações da 2ª semana e tivessem decidido continuar a reflexão na pós-missão.

 Escolas, Santa Casa da Misericórdia e Bombeiros A ida às escolas foi um dos trunfos da missão. Graças à abertura das escolas e ao apoio e acompanhamento da professora de EMRC, Ana Maria, foi possível o contacto com mais de 4 centenas de jovens que frequentam esta disciplina. De outro jeito, não seria possível este contacto directo, vivo e importante com esta faixa etária. Os tempos de oração foram uma outra área que mobilizou as pessoas: todos os dias, entre três a quatro dezenas de pessoas, se juntavam para orar (oração da manhã e exposição do Santíssimo). Com a colaboração e inter-ajuda da Santa Casa da Misericórdia e dos Grupos de Voluntárias e Visitadoras foi possível abrir uma frente de acção junto dos doentes e idosos, quer estivessem a viver na instituição, quer no domicílio próprio. 



A visita, o encontro, a conversa, a oração, os sacramentos, conforme a vivência de cada um, foram momentos belos, cheios de ternura, dedicação e alegria. As celebrações festivas da 2ª semana foram muito vividas. Sempre a crescer em número, as pessoas não davam pelo correr da hora e alongavam a partilha para muito depois do final das mesmas. A celebração da Palavra, da Igreja da Reconciliação e das Famílias tocaram fundo naqueles que nelas participaram. De salientar, nestas duas últimas, a presença de D. António Vitalino e de perto de 4 dezenas de casais no dia das Famílias. 

 Foi dado relevo à particularidade de se envolvido na Missão várias áreas ou instituições, o que lhe deu uma dimensão mais alargada. Os Bombeiros e a Comunidade Cabo-Verdeana foram a expressão mais visível desta abertura. Também se valorizou o “magusto paroquial”, quanto ao local (dentro do castelo), à numerosa participação das famílias e à animação feita pelos Catequistas e Juventude Mariana Vicentina. Nem tudo foram rosas! Houve aspectos que poderiam ter corrido melhor. No aspecto logístico, nada faltou e estamos agradecidos a quem abriu casas e portas para acolher: Todavia, esperava-se uma maior abertura para acolher a equipa missionária, para partilhar refeições com a mesma e o pároco (nas casas) e maior participação nas refeições partilhadas, aos domingos. No campo da Missão, era necessário duplicar ou triplicar o número de comunidades e de animadores. Para a área e população de Sines, exigia-se um pouco mais. Finalmente, a nível de comunicação, mesmo com os cartazes nas montras e as notícias da Rádio Sines, faltou o porta a porta e o empenho em levar a notícia.

 Foi tudo muito bom, mas poderia ser ainda melhor! Pós-Missão A reunião do passado dia 12 de Dezembro já foi um momento de pós-Missão. Após troca de ideias e partilha de opiniões e dentro das disponibilidades e pessoas foi decidido que a primeira reunião das Comunidades aconteça no dia 10 de Janeiro, seguindo o esquema do Guião “Vamos conhecer Deus”, entregue no dia do encerramento. 

Nesta reunião, os animadores vão calendarizar os dias das reuniões futuras, bem como os respectivos horários e locais. A comunidade Cabo-Verdeana, que se envolveu muito na Missão, agendou dois encontros por mês (1º e 4º sábados) para dar continuidade a esta experiência de encontro, reflexão e de partilha. 

No próximo dia 28 de Dezembro (um sábado, às 16h30), em plena quadra natalícia, no espaço que acolheu a comunidade, vai ser celebrada Eucaristia, em que serão visíveis as tradições e ritmos africanos. Irão participar neste momento celebrativo da Sagrada Família, alguns membros das outras comunidades da Missão. 

Uma vez que, em breve, vai acontecer a Missão em Porto Covo (19 de Janeiro a 2 de Fevereiro), as comunidades vão entregar a esta paróquia a imagem de Nossa Senhora das Missões, fazendo deste momento, um tempo de testemunho. 

A Missão, começou em Sines…A semente foi lançada. Agora é tempo de cuidar da semente para que dê muito fruto; agora, é o tempo propício para tornar efectivo o compromisso nascido nas comunidades: “O Povo de Sines foi chamado pelo BOM PASTOR a DESPERTAR para a Missão. CAMINHANDO COM MARIA, homens e mulheres, de todas as idades, VIGILANTES e UNIDOS NA FÉ foram iluminados pelo FAROL DA BOA NOVA, para fazerem das suas vidas caminhos semeados de PEGADAS DE LUZ. Unidos a CRISTO JOVEM, a VIDEIRA verdadeira, como as OBREIRAS, querem ser PEDRAS VIVAS da Igreja, em VIDA PARTILHADA”. 
 P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Madeira: Paróquias celebram «Missas do Parto», novena de preparação para o Natal

As comunidades católicas na Madeira começam este domingo a promover as tradicionais ‘missas do parto’, novena de preparação para o Natal que decorrem habitualmente ao início da manhá.
O bispo do Funchal, D. António Carrilho, vai presidir a estas celebrações em várias paróquias da ilha, um périplo que o leva às paróquias do Campanário, Santo Amaro, Encarnação, Caniço, Santo António, Porto da Cruz, Imaculado Coração de Maria e à Sé, entre as 06h00 e as 07h30, com exceção do dia 19 (20h00), revela o gabinete de informação da diocese.
As chamadas ‘missas do parto’ são uma tradição particular do arquipélago da Madeira, um momento exclusivo para cantar versos populares, em honra da Virgem Maria e do Menino Jesus, alguns dos quais remontam aos primeiros povoadores do arquipélago.
Outro fenómeno que alimenta a tradição é a mesma estrutura da novena, com a invocação ao Espírito Santo, o canto da Ladainha, o retrato da Senhora e a missa, onde também são entoadas loas à Virgem, ao seu parto e à alegria do nascimento de Jesus.
Os cânticos permanecem os mesmos de pelo menos há um século, feitos em verso.
“O convívio após a celebração deve constituir um momento único de acolhimento e de evangelização da próprio festa e da alegria, onde a oração se torna vida e gesto, missão”, refere a Diocese do Funchal.
OC (Agência Ecclesia)



sábado, 14 de dezembro de 2013

A caminho da unidade cristã




Cidade do Vaticano, 14 dez 2013 (Ecclesia) – O cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, começou hoje uma visita de seis dias à Rússia, onde se vai encontrar com responsáveis católicos e da Igreja Ortodoxa.
A sala de imprensa da Santa Sé anunciou que o responsável da Cúria Romana será recebido pelo patriarca de Moscovo (ortodoxo), Cirilo, e pelo metropolita Hilário, presidente do departamento para as relações eclesiásticas externas do Patriarcado, que se encontrou com o Papa Francisco, no último dia 12 de novembro.
Em São Petersburgo, o cardeal Koch vai proferir uma conferência, na Academia de Teologia da cidade, sobre “o diálogo católico-ortodoxo”, para depois visitar o mosteiro de Alexandre Nevski, por ocasião do seu terceiro centenário de existência.
Durante sua visita à Federação Russa, o responsável do Vaticano vai presidir, a convite do arcebispo católico D. Paolo Pezzi, às celebrações jubilares da Basílica de Santa Catarina de Alexandria, em São Peterburgo, onde se reunirá com o clero católico, no âmbito das sessões pastorais dedicadas ao Concílio Vaticano II e ao diálogo ecuménico.
OC

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Para reflectir:



Sines – Na senda da Missão 

Neste domingo, dia de Cristo Rei, depois de regressar de Beja das ordenações e instituições o pároco de Sines, P. Pereira, confidenciou: “Hoje, a igreja estava a abarrotar: famílias de crianças e reconquistados pela Missão”. Graças a Deus que assim é! A Missão, na cidade de Sines, teve muitos e lindos momentos de encontro, de celebração, de oração, de convívio, de partilha, de descoberta. Muitos deles já foram notícia e deles já houve testemunhos.

Se o contacto com as Escolas foi um ponto alto da segunda semana, também os encontros na Santa Casa da Misericórdia tiveram expressão e peso: muitos velhinhos se abeiraram dos sacramentos de cura. Bastantes foram aqueles que experimentaram a Reconciliação e muitas dezenas, saborearam a vivência do Sacramento da Unção dos Doentes. A ternura do olhar, algumas lágrimas teimosas e um sorriso em rostos marcados pela agressividade da doença e do trabalho, espelharam a felicidade deste momento, vivido na celebração festiva, num salão cheio e preparado com esmero e carinho. Foi uma hora santa para tanta gente. Também, no mesmo salão, houve o Encontro de Formação para Animadores da Comunidade.


Orientado pelo P. Cartageno, cerca de quatro dezenas de participantes, a maioria de Sines, à luz dos documentos conciliares e de outros que os tornaram efectivos e presentes nas celebrações litúrgicas, procuraram descobrir o que nelas se canta e como se canta. Não faltou a solenidade da oração de Laudes e de Vésperas para dar exemplo do muito que é preciso aprender e da necessidade de aprofundar esta área tão sensível e, por vezes, tão maltratada, das nossas liturgias. Foi um belo momento a pedir mais alguns do género para uma melhor celebração “dos santos mistérios”. Celebrações temáticas


A Missão Popular, na primeira semana, aposta forte nas comunidades. Estas fazem uma caminhada muito interessante ao longo de quatro noites seguidas, a qual tem o seu ponto alto na Comunidade das comunidades. A segunda semana, dá continuidade a esta caminhada, nas celebrações temáticas. A Palavra de Deus, a Igreja, a Família, Cristo Luz do mundo, o Espírito Santo, fonte de reconciliação e Maria, estrela da Evangelização, ocupam as noites dessa semana. Em Sines, a equipa paroquial que preparou e coordenou o programa da Missão, quis alargar o horizonte e âmbito destas celebrações: programaram-se os dias do Mar e do Pescador, do Bombeiro, da Solidariedade, do Serviço, do Vizinho, bem como o dia Multicultural.



 Dia a dia, a assembleia ia crescendo, as comunidades assumiam a animação das celebrações e foi lindo e muito edificante ver muitas das expressões e vivências que iam aparecendo à medida que as pessoas eram convidadas a participar em momentos-chave de cada celebração. Todos os dias, mas de modo particular, o dia da Palavra, da Igreja e da Reconciliação, foram muito vividos e interiorizados. A presença do senhor Bispo deu uma amplitude maior à Missão.

A proximidade, a palavra, o encontro quer nas ruas quer nas casas e a sua participação nas celebrações da Família e da Reconciliação, na igreja Matriz, deu para perceber que a Missão é de todos e para todos. Valeu a pena a Missão em Sines. Terminou a 17 de Novembro, mas a Missão começou agora. As comunidades, as famílias, os serviços e movimentos, os grupos e as catequeses, as Escolas e as Instituições, as visitadoras e as voluntárias, todos foram convocados para continuar em estado de Missão. Deste modo, serão verdadeiros anunciadores e testemunhas do “Evangelho da alegria”. P. Agostinho Sousa, CDM/Beja

sábado, 30 de novembro de 2013

Recenseamento da participação na Missa dominical na diocese de Beja

Paróquia  e concelho de SINES





Idades


07-14

15-24

25-39

40-54

55-69

70 e +

TOTAL



H






129
PRESENÇAS
M






314

H+M






443



H






99
COMUNHÕES
M






172

H+M






271


Presenças: 443

Homens: 129; 

Mulheres: 314

Pessoas que comungaram: 430



sábado, 23 de novembro de 2013


MISSÃO POPULAR  - Sines


O dia a dia da Missão

A Missão, na paróquia de Sines, está a correr muitíssimo bem. Que bem que faz a tanta gente e como é uma oportunidade extraordinária para o encontro com Cristo, para fazer crescer no amor a Jesus, às famílias, às crianças e aos idosos.
 Visitamos os lares da Santa Casa, as escolas, os doentes, os grupos da catequese e as comunidades que se reúnem para as catequeses próprias da Missão... É imensa a generosidade de todos, até mesmo daqueles que menos esperamos como as pessoas dos cafés, dos restaurantes ou aqueles com quem nos cruzamos, pelas muitas ruas da cidade.
 Este grupo de missionários é de facto excelente. Vivemos da oração, do bom humor, da alegria e de uma verdadeira e genuína fraternidade. A equipa é formada pela irmã Celina, o Pe. Agostinho, o José Neves, leigo de Santiago do Cacém, a Arlete, leiga missionária vicentina, de Lisboa, e por mim, que participo pela primeira vez, numa Missão Popular. Desejamos chegar a todos.
Entre as Comunidades, há uma que me tocou de forma especial: funciona no bairro onde habita a comunidade cabo-verdiana e é composta por 36 pessoas. É a maior e é muito dinâmica. Os diáconos Simão e Joel têm vivido, em pleno, a sua missão. São extraordinários e muito empenhados bem como as suas esposas. O P. Pereira, pároco, tudo faz para acompanhar os missionários.
É uma torrente de bem e generosidade. Que belas sementes estão a ser aqui deixadas! É muito bom ver como esta comunidade está desperta. A oração é cuidada: Laudes, rezadas na manhã de cada dia diante do Santíssimo por mais de 30 pessoas; o terço, que a equipa missionária medita diariamente quase sempre em conjunto e a Eucaristia, ora de manhã ora à tarde, com reflexão, e com a participação de algumas dezenas de pessoas.
Há ainda uma grande retaguarda orante, da diocese e fora dela, que nos assiste e que o tem feito saber. Venham mais missões iguais. Como diz a irmã Celina: “tudo é missão!”.
 Vejo nesta missão uma mais-valia. Tanta generosidade! Bendito seja Deus! Visita aos doentes Na Missão, uma das preocupações é a visita aos doentes, aos que estão sós, aos que sofrem. A visita aos doentes  é uma das 14 obras de misericórdia. Embora conhecidas são tão esquecidas porque pouco ensinadas.
Visitámos já mais de 30 doentes em domicílio, apresentados pelo grupo de Visitadoras existentes na paróquia. Também já visitámos muitos dos acamados da Santa Casa, indicados pelas técnicas e pelas voluntárias que colaboram com aquela Instituição.
Os responsáveis da Santa Casa têm sido óptimos connosco e sempre disponíveis. Sem eles a nossa missão tornar-se-ia mais complicada e difícil. Deixo 2 exemplos dos muitos que visitámos e que sofrem de solidão e aos quais levámos a presença de Cristo e da Igreja.
Visitámos a D. Rute, com cerca de 40 anos, mãe de quatro filhos. Não sendo católica, mas cristã, encontra-se acamada há quase 20 anos. Impressionou-nos a sua experiência íntima e profunda de Deus. Lê a sua vida e a sua condição com olhos da fé e a todos nos tocou profundamente.
Que beleza e gratidão, que serenidade e alegria! Saímos todos cheios da abundância que ela tinha no coração. Visitámos também a D. Carolina de 94 anos de idade que se encontra numa cama articulada e moderna devido ao trabalho e à persistência e das visitadoras que tudo fizeram para a adquirir. A D. Carolina é acompanhada pela mulher do seu neto. Não é baptizada, mas manifestou o desejo de o ser depois da irmã Celina falar das maravilhas do Baptismo. Com todos rezámos e por todos rezámos.
 Recebemos muito. Não podemos deixar de relembrar o grupo de visitadoras que durante todo o ano os visitam, sendo a extensão da caridade de Jesus e do Pároco. Muitas vezes, também elas têm vidas sacrificadas e sofridas com questões de saúde, suas ou dos filhos. Como merecem a nossa oração e o nosso respeito reverencial! “Tudo o que fizeste a um dos meus irmãos mais pequeninos foi a Mim que o fizeste”, diz Jesus. É admirável ver como estas visitadoras têm posto em prática esta palavra e assim a Missão chega a todos!  
 Comunidades familiares A fé é uma adesão pessoal, é um “sim” pessoal que nasce do encontro com Jesus, mas este “sim” diz-se também em comunidade, em Igreja. A experiência da fé é pessoal e comunitária.
Jesus escolheu doze para andarem com ele e sobre Pedro constituiu a Igreja de que os Actos dos Apóstolos dão testemunho bem como as cartas de São Paulo dirigidas a comunidade concretas. Ora, nesta semana, todos os dias, pelas 21h00, reuniram-se 12 comunidades em casa de alguém que decidiu abrir a porta de sua casa para receber aqueles que desejassem escutar e partilhar a palavra de Deus para uma descoberta da pessoa de Jesus Cristo, de Maria não só como Mãe de Deus mas como modelo do discípulo e figura da Igreja.
A Igreja enquanto constituída por todos os baptizados e concretizada em formas concretas como é sejam a família como Igreja doméstica ou comunidade paroquial, onde dos cristãos se reúnem para escutar a Palavra de Deus e alimentar-se do Pão da Vida. Importa ter presente que toda a dinâmica da missão nos seus aspectos principais se deve aos leigos que fazem parte destas comunidades familiares.
Quer dizer, a missão é feita por eles, são eles ao mesmo tempo os que são objecto da missão e os missionários, mesmo que sob orientação da equipa missionária. E esta dinâmica está justamente de acordo com o espírito do Concílio Vaticano II que ao referir-se aos leigos na Lumen Gentium, refere a sua vocação e missão apelando à sua corresponsabilidade na tarefa missionária da Igreja e a serem testemunhas de Jesus Cristo no meio deste mundo de acordo com a sua vocação.
 Comunidade de Comunidades Estas 12 comunidades familiares orientadas por um animador foram percorrendo um caminho de descoberta de Jesus Cristo e da Igreja e que teve neste Domingo a sua apresentação oficial e pública. Todas estas comunidades familiares se reuniram para celebrar a Eucaristia inseridas na comunidade mais alargada que é a Comunidade paroquial.
Mediante um cartaz com o nome da comunidade e um símbolo partilharam com os outros membros da Comunidade paroquial a sua descoberta de Cristo que estas catequeses familiares lhes proporcionaram e que é mais ou menos traduzido nos nomes que adoptaram.
A igreja matriz encontrava-se cheia e a alegria era uma nota dominante. E todas se comprometeram a continuar com esta partilha ao longo deste ano pastoral e dos anos. No fim do testemunho, e em jeito de conclusão e de compromisso, foi apresentado um pequeno texto, formado a partir dos nomes das mesmas assembleias: “O povo de Sines foi chamado pelo BOM PASTOR a DESPERTAR para a Missão.
CAMINHANDO COM MARIA, homens e mulheres, de todas as idades, VIGILANTES e UNIDOS NA FÉ foram iluminados pelo FAROL DA BOA NOVA, para fazer das suas vidas caminhos semeados de PEGADAS DE LUZ. Unidos a CRISTO JOVEM, a VIDEIRA verdadeira, como as OBREIRAS, querem ser PEDRAS VIVAS da Igreja, em VIDA PARTILHADA.
 Seminário no coração e na oração Ao iniciarmos a semana de oração pelos Seminários no fim da Eucaristia foi entregue o boletim “O Nosso Seminário” do Seminário Diocesano e também a oração pela semana dos Seminários, para que todos saibam que devem ter o Seminário no coração e na oração.
Os sacerdotes, enquanto colaboradores do Bispo diocesano, são em seu nome, e por isso em nome de Jesus Cristo e da Igreja, os primeiros missionários e aqueles a quem foi confiado de modo especial o anúncio do Evangelho, a administração dos Sacramentos e o exercício da caridade.
Por isso é tão necessária a oração pelo Seminário e para que mais jovens possam responder sim ao chamamento de Jesus ao sacerdócio e à vida consagrada, pois carecemos de sacerdotes que segundo o Coração de Jesus sejam missionários junto das pessoas desta terra alentejana e de modo especial na nossa Diocese de Beja.
 A missão é por isso a primeira tarefa de qualquer sacerdote e necessita da colaboração dos leigos, dos religiosos ou religiosas, dos grupos e movimentos, no fundo de todas das forças vivas de uma comunidade paroquial.
Daí que a formação dos candidatos ao sacerdócio deve ser marcadamente missionária e a participação numa missão deste género é sempre um enriquecimento. Entretanto, a Missão continua, pois a cidade é grande.
Há muitos lugares a visitar e encontros a provocar! A Missão está na rua! Luís Marques (Equipa Missionária)