segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

15 curiosidades sobre o Calendário Gregoriano: uma mudança que, literalmente, marcou época

Em 1582, o papa Gregório XIII implantou o calendário do jeito que o conhecemos hoje


Santa Teresa de Jesus  faleceu a 4 de outubro de 1582, quinta-feira, e foi sepultada no dia seguinte, 15 de Outubro de 1582, sexta-feira.


O CALENDÁRIO GREGORIANO
1 – Até o ano 46 antes de Cristo, vigorava em Roma um calendário dividido em 355 dias, distribuídos em 12 meses. Essa estrutura do ano civil sofria um sério desajuste ao longo do tempo: as estações do ano passavam a ocorrer em datas diferentes, porque o calendário não correspondia ao ano solar.2 – Em 46 a.C., Júlio César, o ditador da República Romana, decidiu reformar o calendário para readequá-lo ao tempo natural. A reforma juliana teve duas etapas: na primeira, estabeleceu-se que o ano de 46 a.C. teria 15 meses e um total de 455 dias para compensar a defasagem (aquele ficou conhecido pelos romanos, e com toda a razão, como o “ano da confusão”). A segunda etapa da reforma consistiu em adotar, a partir de 45 a.C., um ano composto por 365 dias e 6 horas, divididos em 12 meses. Para compensar as 6 horas excedentes de cada ano, seria incluído um dia a mais em fevereiro a cada 4 anos.3 – A reforma juliana melhorou a situação, mas a defasagem entre o ano do calendário e o ano natural permanecia, em consequência do movimento de elipse que a Terra faz ao redor do Sol. No século XV, por exemplo, o calendário juliano já estava atrasado cerca de uma semana em relação ao Sol. O equinócio da primavera no Hemisfério Norte caía por volta de 12 de março, em vez do dia 21.4 – Em 1545, o Concílio de Trento determinou a realização de alterações no calendário da Igreja. Após décadas de estudos e cálculos astronômicos, o papa Gregório XIII instituiria o novo calendário em 1582, mediante a bula “Inter gravissimas”, a fim de adequar a data da Páscoa ao equinócio da primavera no Hemisfério Norte. É em homenagem ao papa Gregório XIII que o novo calendário foi chamado de gregoriano.5 – Este ajuste implicou a supressão de 10 dias do mês de outubro daquele ano: do dia 4 de outubro de 1582, saltou-se para o dia 15 de outubro.6 – Além disso, os dias bissextos que caíssem nos anos centenários (aqueles terminados em 00, como 1700, por exemplo) passariam a ser ignorados, a menos que fossem divisíveis de modo exato por 400 (como 1600 e 2000). Essa regra suprimia três anos bissextos a cada quatro séculos, deixando o calendário gregoriano suficientemente preciso e eliminando o atraso de três dias a cada 400 anos, que ocorria no calendário juliano.7 – Apesar do ajuste nos anos bissextos, o ano do calendário gregoriano ainda tem cerca de 26 segundos a mais que o período orbital da Terra. Esta falha, no entanto, só acumula um dia a mais a cada 3.323 anos.8 – Países católicos como a Itália, a Espanha, Portugal e a Polónia adotaram a mudança imediatamente, assim como a porção católica dos Países Baixos. Na França, Henrique III decretou o ajuste no mesmo ano, mas em dezembro.9 – Os países de maioria protestante, porém, rejeitaram a alteração. As partes protestantes da Alemanha e dos Países Baixos só adotaram o novo calendário em 1700. A Grã-Bretanha demorou mais ainda: até 1752. O astrónomo Johannes Kepler chegou a observar que esses países preferiram “ficar em desacordo com o Sol a ficar de acordo com o papa”.10 – Os países ortodoxos adotaram o calendário gregoriano somente no início do século XX. Na Rússia, por exemplo, a recém-criada União Soviética implantou o novo calendário em 1918. É por isso que a chamada “Revolução de Outubro”, de 1917, na verdade aconteceu em novembro, segundo o calendário gregoriano.11 – Na Europa, os últimos países que adotaram o calendário gregoriano foram a Grécia, em 1923, e a Turquia, em 1926. Antes, como parte do Império Otomano, seguia-se nessas regiões o calendário muçulmano, que tem base lunar.12 – A adoção progressiva do calendário gregoriano pelos diversos países, mesmo dentro do mundo cristão, provoca certa confusão na datação dos eventos históricos ocorridos entre os séculos XVI e XX.13 – Por praticidade, o calendário gregoriano é hoje adotado como convenção para demarcar o ano civil em praticamente todo o planeta. Essa unificação, que facilita o relacionamento entre os países, se deve em grande parte à exportação histórica dos padrões europeus para o resto do mundo.14 – Alguns povos, no entanto, conservam em paralelo outros calendários para usos religiosos ou por questões de tradição. O ano de 2015 no calendário gregoriano corresponde, por exemplo, ao ano de 2559 no calendário budista; a 5775–5776 no calendário hebraico; a 2071–2072 no calendário hindu Vikram Samvat; a 1937–1938 no calendário hindu Shaka Samvat; a 5116–5117 no calendário hindu Kali Yuga; a 1393–1394 no calendário iraniano e a 1436–1437 no calendário islâmico.15 – Até hoje, as Igrejas ortodoxas do Oriente utilizam o calendário juliano para determinar a data da Páscoa, que, por essa razão, quase nunca corresponde à data da Páscoa católica.





segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Itália: Papa faz visita surpresa ao local do primeiro presépio de São Francisco de Assis

Francisco desclocou-se de carro a Greccio

Greccio, Itália, 04 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco fez hoje uma visita surpresa a Greccio, 100 quilómetros a norte de Roma, para rezar diante da representação do primeiro presépio realizado por São Francisco de Assis.
De acordo uma nota informativa do padre Ciro Benedettini, vice-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, citada pelo portal de informação do Vaticano ‘news.va’, o Papa visitou o bispo da diocese local, Rieti, D. Domenico Pompili, e depois o Santuário e a Comunidade Franciscana de Greccio.
O Papa esteve depois durante alguns momentos em oração diante dos frescos com representações da Natividade, na gruta onde São Francisco de Assis celebrou o Natal com os habitantes da região, na noite de 24 para 25 de dezembro de 1223, que assinala a origem da tradição do presépio.
Nesta visita privada, apenas comunicada ao bispo de Rieti e ao reitor do Santuário de Greccio, Francisco encontrou-se também com um grupo de jovens que participavam no “Encontro Greccio 2016”, regressando novamente de carro ao Vaticano.

domingo, 13 de dezembro de 2015


O dia em que os cães farejadores detectaram Alguém vivo no Sacrário!

Foi há 20 anos, durante a viagem apostólica do papa São João Paulo II aos Estados Unidos, dentro de uma capela "vazia"

cão farejador


O site www.americaneedsfatima.org divulgou neste ano o impactante relato de um acontecimento registrado no último dia da viagem apostólica do papa São João Paulo II aos Estados Unidos em 1995. 
O relato é apresentado pelo pe. Albert J. Byrne em um artigo intitulado “Nature’s Evidence of the Real Presence” (“Uma evidência natural da Presença Real“), a propósito de Jesus Cristo presente e vivo em Carne, Sangue, Alma e Divindade na Eucaristia.
Segundo o relato, o Santo Padre estava em Baltimore, visitando o seminário de Santa Maria, e quis fazer uma visita não programada à capela do Santíssimo Sacramento. 


Os responsáveis pela sua segurança percorreram imedia-tamente todas as dependências do edifício com cães farejadores, daqueles que ajudam a localizar pessoas em desabamentos de prédios e catástrofes naturais, a fim de certificar-se de que não houvesse eventuais indivíduos escondidos no local.
Os cães também fizeram o seu trabalho dentro da capela, supostamente vazia. Quando chegaram diante do Sacrário, porém, eles pararam e ficaram olhando fixamente, como procedem quando detectam uma pessoa escondida entre escombros. De olhos fixos no Sacrário, eles cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local. Para eles,
havia ali dentro uma pessoa escondida.
Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.





sábado, 25 de julho de 2015

Entrada do novo pároco

O próximo futuro novo pároco de Sines e Porto Covo, Pe. Egídio Ramos Ferreira, assumirá a paroquialidade na missa das 11:00 horas do Domingo, dia 27 de Setembro próximo.
Benvindo, Pe. Egídio!



sexta-feira, 17 de julho de 2015



DIOCESE DE BEJA NIF Nº 501 182 446


V/Refª:

N/Refª: 3.65/2015.3

Aos Membros do Clero de Beja

Beja, 16.07.2015

Arquivo de Circulares
R. D. Manuel I, n.º 1
7800-306


Assunto: Nomeações para o Ano Pastoral de 2015-2016 na diocese de Beja

Agradecemos a Deus o chamamento para o ministério ordenado na Igreja e também a disponibilidade daqueles a quem os bispos pediram uma nova missão na diocese, sabendo que é sempre difícil desprender-se de muitos laços criados ao longo dos anos nas comunidades onde temos exercido o nosso ministério. As soluções pastorais possíveis para a evangelização da nossa diocese, nas paróquias e nos serviços diocesanos, não são fáceis de discernir. Ficamos sempre com a consciência de não responder a tudo. Conscientes da sobrecarga de alguns, aqui anunciamos as nomeações possíveis nesta altura, esperando, ao longo do ano, encontrar mais colaboradores para a diocese, sobretudo depois das ordenações presbiterais previstas para o mês de novembro. Por isso, este ano teremos outras nomeações no final do ano civil, para colmatar algumas lacunas.
Neste momento estão definidas as seguintes nomeações:
O Padre José Manuel Fachadas Guerreiro deixa Ourique e vai para Moura, substituir o Pe. Egídio Ramos Ferreira, que, por motivos de saúde, pediu para mudar. Vai para Sines e Porto Covo, com a colaboração de algum dos novos presbíteros a partir do Natal. O Padre José Fernandes Pereira vai viver para Vila Nova de Santo André, ficando como Vigário Paroquial, em colaboração com o Padre Abílio T. V. Raposo. Ourique e anexas serão entregues ao Padre Hugo P. R. Gonçalves. Castro Verde e anexas serão confiadas ao Pe. Luís Miguel da Costa T. Fernandes. Por sua vez, Ervidel e anexas serão confiadas a um dos novos padres. O Padre Luís Miguel vai ficar responsável do Apostolado da Oração na diocese com uma comissão, cujos membros vai indigitar. Também o Padre Francisco Joaquim S. da Encarnação continuará como assistente da Pastoral Juvenil, agregando a Pastoral Vocacional. Com a ordenação dos novos padres iremos redifinir este e outros serviços diocesanos. Também no arciprestado de Odemira haverá uma distribuição dos encargos pastorais por altura do Natal, depois das ordenações.
Entretanto, no primeiro trimestre do ano pastoral de 2015-2016 teremos de nos ajudar, contando para isso com o clero com menos encargos na diocese. Contamos com a sua disponibilidade e generosidade.
No final de agosto realiza-se o Simpósio do Clero em Fátima com o tema: Padre, Irmão e Pastor. Depois do Simpósio os bispos de Portugal vão para Roma na Visita ad Limina Apostolorum, onde estarão até 12 de setembro. Depois do regresso começarão as tomadas de posse nas paróquias, pedindo a todos os nomeados que até à data a marcar assegurem os serviços que lhes estão confiados.
No dia 21 de setembro teremos o encontro do clero em Beja e as primeiras reuniões arciprestais do ano pastoral. O DIA DIOCESANO será a 26 de setembro, último sábado do mês. de cuja organização o SCAP está a tratar e para o qual pensamos convidar os sinodais, os colaboradores das paróquias e dos serviços diocesanos. Quem tiver datas importantes na sua paróquia ou movimento, comunique ao Diretor do SCAP até fim de agosto, para inserir na Agenda diocesana. Este será o último ano do Sínodo Diocesano sobre o tema da Misericórdia. Que o Coração de Jesus torne o nosso coração semelhante ao d'Ele.
Com os melhores cumprimentos e desejo de algum descanso para recuperação de energias, subscrevemo-nos com toda a amizade e sempre ao dispor



† António Vitalino, Bispo de Beja
† João Marcos, Bispo Coadjutor



domingo, 28 de junho de 2015


CRISMAS EM SINES


Há dois anos, iniciámos uma caminhada conjunta, mesmo que em diferentes grupos de catequese, de preparação, partilha, entrega, dádiva e de descoberta deste amor tão grande e maravilhoso de Deus por nós. Temos a presunção de achar que escolhemos esta altura das nossas vidas para realizar esta etapa, quando, na realidade, foi Ele que achou que era chegado o momento. Temos percursos de vida distintos, mas algo que não sabemos bem explicar, nos impelia, semana após semana, para aquela catequese. Após um dia de trabalho, exaustos, conseguimos esquecer cansaços, problemas e atribulações. Tentámos, com todas as nossas fraquezas, dar o máximo para compreender o que os nossos catequistas nos transmitiram para crescermos mais um pouco na fé. 
Em todo este percurso, ouvimos falar muitas vezes do Espírito Santo. Na própria Palavra de Deus que escutámos semana após semana, o Espírito Santo aparece-nos de várias formas, como vento, brisa, sopro, fogo, sendo inequivocamente transversal a toda a Sagrada Escritura, e sem que nos apercebamos, essa transversalidade, também ocorre nesta nossa caminhada. Alguns de nós tiveram o privilégio de O conhecer desde tenra idade, outros apenas agora.
Chegámos, agora, ao fim da catequese, mas se com ela esclarecemos dúvidas e encontrámos respostas, também ficámos cheios de uma inquietude que nos faz a cada dia querer conhecer mais este Amor de Deus. Na reta final da nossa preparação, tentámos, com todas as nossas fragilidades, esvaziar-nos de nós mesmos, do que nos enche o ego, para que fossemos arranjando espaço para que o Espírito Santo pudesse atuar em nós.
Como preparação para a celebração da nossa Confirmação, fomos agraciados, na noite de sábado, dia 20 de Junho, com uma vigília de oração e contemplação, cheia de simbolismo e evocação do Espírito Santo, pensada, vivida e partilhada ao pormenor, numa comunhão de verdadeira fraternidade com os jovens da nossa paróquia e todos os paroquianos que desejaram estar presentes. As luzes foram apagadas, ajoelhámo-nos em adoração e representando toda a nossa pequenez diante da verdadeira luz que é Cristo, presente no Santíssimo Sacramento. Vivemos um turbilhão de emoções, uma alegria imensa, cairam-nos lágrimas, fechámos os olhos, de coração a transbordar, sentimo-nos amados. Não somos melhores que ninguém, mas sentimo-nos realmente especiais, vivemos sensações indescritíveis que nunca esqueceremos.
Hoje, dia 21 de Junho, com as emoções à flor da pele, os 25 crismandos que nos encontrávamos na igreja, voltámo-nos a sentir privilegiados. Sentimos uma enorme gratidão por sermos escolhidos para, na Eucaristia das 11h00, recebermos da mãos do senhor Bispo-coadjutor, D. João Marcos, o Espírito Santo no sacramento da Confirmação. Só um Pai dotado de amor infinito nos escolhe com todas as nossas fraquezas para seus filhos.
Na  homilia o senhor Bispo referiu que, como os discípulos que foram convidados a passar à outra margem, também a nossa vida é como uma travessia entre margens que devemos percorrer. Estamos nesta margem, e entrámos na barca, a Igreja, como relembrou o senhor D. João, para que, apesar de todas as tempestades, maremotos e correntes contrárias, alcancemos a outra margem, a vida nova em Jesus Cristo. Há dias em que remamos, outros em que nos sentimos sem forças para remar, outros mesmo, em que nos passa pela cabeça atirar os remos ao mar e deixarmo-nos ir ao sabor da corrente, seguindo o canto das sereias do nosso tempo, mas deixemo-nos amarrar ao mastro desta barca, Jesus Cristo.  
Hoje, a “bofetada” ritual do senhor D. João Marcos, tornou-se como um convite a que soltássemos as amarras e remássemos com todas as nossas forças para neste mar, que é a nossa vida concreta, irmos testemunnhar e anunciar, pela força do Espírito Santo, o amor de Deus, concretizado em Jesus Cristo, que deu a sua vida por cada um de nós.  Que o Espírito Santo que desceu hoje sobre nós não nos deixe saltar da barca. Que este Espírito Santo nos encha de uma inquietude que nos faça querer cada vez mais levar a barca à outra margem, sem que a nossa fé vacile, e faça de nós exemplo para atrair mais “barqueiros” para a travessia.
Não poderia, dando corpo a um sentimento comum a todos os crismados, deixar de agradecer ao senhor Bispo-coadjutor, o senhor D. João Marcos, ao nosso pároco, o senhor padre José Fernandes Pereira, ao senhor padre António Cartageno, que também concelebrou nesta Eucaristia, tocou orgão e regeu o nosso coro. O nosso agradecimento estende-se aos nossos catequistas, aos diáconos e todos aqueles que com a sua oração e a sua amizade nos acompanharam ao longo deste tempo.  
De coração agradecido rezamos com Santa Teresa de Jesus: que nada nos perturbe, nada nos espante, porque só Deus basta!
Ana Margarida Godinho