Sines – Na senda da Missão
Neste domingo, dia de Cristo Rei, depois de regressar de Beja das ordenações e instituições o pároco de Sines, P. Pereira, confidenciou: “Hoje, a igreja estava a abarrotar: famílias de crianças e reconquistados pela Missão”. Graças a Deus que assim é! A Missão, na cidade de Sines, teve muitos e lindos momentos de encontro, de celebração, de oração, de convívio, de partilha, de descoberta. Muitos deles já foram notícia e deles já houve testemunhos.Se o contacto com as Escolas foi um ponto alto da segunda semana, também os encontros na Santa Casa da Misericórdia tiveram expressão e peso: muitos velhinhos se abeiraram dos sacramentos de cura. Bastantes foram aqueles que experimentaram a Reconciliação e muitas dezenas, saborearam a vivência do Sacramento da Unção dos Doentes. A ternura do olhar, algumas lágrimas teimosas e um sorriso em rostos marcados pela agressividade da doença e do trabalho, espelharam a felicidade deste momento, vivido na celebração festiva, num salão cheio e preparado com esmero e carinho. Foi uma hora santa para tanta gente. Também, no mesmo salão, houve o Encontro de Formação para Animadores da Comunidade.
A Missão Popular, na primeira semana, aposta forte nas comunidades. Estas fazem uma caminhada muito interessante ao longo de quatro noites seguidas, a qual tem o seu ponto alto na Comunidade das comunidades. A segunda semana, dá continuidade a esta caminhada, nas celebrações temáticas. A Palavra de Deus, a Igreja, a Família, Cristo Luz do mundo, o Espírito Santo, fonte de reconciliação e Maria, estrela da Evangelização, ocupam as noites dessa semana. Em Sines, a equipa paroquial que preparou e coordenou o programa da Missão, quis alargar o horizonte e âmbito destas celebrações: programaram-se os dias do Mar e do Pescador, do Bombeiro, da Solidariedade, do Serviço, do Vizinho, bem como o dia Multicultural.
Dia a dia, a assembleia ia crescendo, as comunidades assumiam a animação das celebrações e foi lindo e muito edificante ver muitas das expressões e vivências que iam aparecendo à medida que as pessoas eram convidadas a participar em momentos-chave de cada celebração. Todos os dias, mas de modo particular, o dia da Palavra, da Igreja e da Reconciliação, foram muito vividos e interiorizados. A presença do senhor Bispo deu uma amplitude maior à Missão.
A proximidade, a palavra, o encontro quer nas ruas quer nas casas e a sua participação nas celebrações da Família e da Reconciliação, na igreja Matriz, deu para perceber que a Missão é de todos e para todos. Valeu a pena a Missão em Sines. Terminou a 17 de Novembro, mas a Missão começou agora. As comunidades, as famílias, os serviços e movimentos, os grupos e as catequeses, as Escolas e as Instituições, as visitadoras e as voluntárias, todos foram convocados para continuar em estado de Missão. Deste modo, serão verdadeiros anunciadores e testemunhas do “Evangelho da alegria”. P. Agostinho Sousa, CDM/Beja