segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Várias intenções numa só Missa?

Porque surgem problemas a este respeito, apresentamos as normas da Igreja.

"Mas as regras são claras: cada padre só pode celebrar, semanalmente, duas missas com mais do que uma intenção, sendo que cada uma delas não pode contar com mais de oito intenções. ...

Nos casos de missas plurintencionais (as quais só podem celebrar-se duas vezes por semana em cada igreja), apenas é lícito ao celebrante guardar para si o equivalente a um estipêndio. O excedente, que os fiéis tenham livremente oferecido (cf. can. 947; 1385), deverá ser remetido trimestralmente à Cúria Diocesana, para os fins estabelecidos pelo Ordinário, nomeadamente a sustentação do clero, as necessidades das paróquias e da Diocese, a ajuda ao clero das Igrejas Particulares mais necessitadas e a celebração de missas pelas intenções dos oferentes.
Os membros dos institutos religiosos e sociedades de vida apostólica devem ater-se à disciplina vigente na respectiva diocese, ressalvado o direito particular (cf. can. 952 § 3)."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Renúncia de Bento XVI

Na manhã de ontem dia 11 de Fevereiro e dia de Nossa Senhora de Lurdes, o Papa surpreendeu a todos, quando pronunciou:

“Cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino”, referiu, em latim, numa reunião com cardeais.
"Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos cardeais em 19 de abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20h00, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice".
 Um dos casos mais importantes de renúncia e o último antes de Bento XVI aconteceu em 1415, “quando a resignação do Papa Gregório XII (induzida pelo Concílio de Constância) favoreceu a recomposição do cisma do Ocidente”, divisão entre católicos que obedeciam ao Papa de Roma e ao ‘antipapa’ de Avinhão, fomentada por questões políticas.
As outras figuras ligadas à renúncia papal são Ponziano (235), Silvério (537) e Bento IX (1044), para além do caso mais conhecido, Pietro del Morrone, São Celestino V.
“O Papa apanhou-nos um pouco de surpresa”, admitiu o Pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé e sustentou que esta renúncia é “coerente” com as declarações proferidas por Bento XVI no livro-entrevista ‘Luz do Mundo’, publicado em 2010, no qual abordava a hipótese de uma renúncia.
“Quando um Papa tem clara consciência de que já não está em grau de efetuar os deveres do seu ofício, fisicamente, psicologicamente e espiritualmente, então tem o direito, e nalgumas circunstâncias, também o dever de se demitir”, pode ler-se.
Bento XVI vai permanecer no pleno exercício das suas funções até 28 de fevereiro, altura em que se inicia a situação de Sé vacante.
O padre Lombardi elogiou a “grande coragem” do Papa, considerando que este ofereceu “um grande testemunho de liberdade espiritual”.
D. António Couto, bispo de Lamego, que participou no último Sínodo dos Bispos, recorda:
“O Papa esteve em quase todas as sessões do Sínodo sempre com extrema vivacidade, com muito bom humor, muito vivo e dinâmico, muito lúcido e claro nas suas intervenções”, afirmou o bispo de Lamego à Agência ECCLESIA, recordando que a sua fragilidade se sentia quando este tinha de andar.
“Quando ele se tinha de mover, aí sim, apresentava dificuldade. Para andar 100 metros, tinha alguma dificuldade mas sentado era impecável, completamente lúcido e clarividente” afirma, recordando imagens nos corredores na ala sinodal.
D. António Couto olha para a resignação de Bento XVI como uma decisão de quem “vê a sua vida à luz de Jesus Cristo, de quem ele nunca se desligou” e por isso, considera que “o seu serviço à Igreja e o seu amor a Cristo o levam a tomar a este passo para um maior bem da Igreja, não tenho dúvida”.
Em Abril de 2009, Bento XVI realizou um gesto simbólico ao depositar o pálio – insígnia pessoal e de autoridade - junto da porta santa da Basílica de de Collemaggio, de L’Aquila (Itália), que lhe fora imposto no dia do início de pontificado, em cima do relicário com os restos mortais do Papa Celestino V (1215-1296), pontífice que governou a Igreja Católica apenas durante uns meses, em 1294, e resignou.
Para D. Carlos Azevedo, Bento XVI, o “grande intelectual europeu deste momento”, mostrou “grande amor à Igreja a quem serve com a humildade da natureza humana, sujeita à debilidade física”.
“Este desapego do poder em nome do bem comum é exemplar”.
Segundo Pe. Federico Lombardi, Bento XVI vai deslocar-se num “primeiro momento” para a residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, antes de ir morar num edifício que foi sede de um mosteiro de irmãs de clausura no Vaticano até há alguns meses, após as obras que estão em curso.













quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Neste Ano da Fé e do Sínodo Diocesano, vale a pena ler e meditar no “Decálogo para iVangelizar” que o programa espanhol “iMisión” apresenta.
“A Igreja não está chamada unicamente a usar os mass media para difundir o Evangelho mas, hoje como nunca, está chamada também a integrar a mensagem salvífica na "nova cultura" que os poderosos instrumentos da comunicação criam e amplificam. Ela sente que o uso das técnicas e das tecnologias da comunicação contemporânea é parte integrante da sua missão no terceiro milénio.”(João Paulo II, Rápido Desenvolvimento)

1- Na origem, Cristo. Jesus diz: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a todas as criaturas” (Mc 16, 15). É o mandato de que nasce o chamamento à evangelização, também no continente digital.
2- Internet, um lugar, não um meio. A Rede não é só um instrumento, é um lugar
habitado. Trata-se de evangelizar na Internet e não de “usar” a Internet para evangelizar.
3- A chave é o testemunho. “Para a Igreja, o primeiro meio de evangelização é o testemunho de vida autenticamente cristã” (Evangelii Nuntiandi, n.º 41). Os conteúdos não evangelizam de modo autêntico, na Rede, sem o nosso testemunho explícito do amor de Deus.
4- A nossa força é a graça. “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Só unidos a Cristo, vivendo uma verdadeira vida cristã na fidelidade e no amor à Igreja, os iMissionários podemos dar fruto abundante e vencer a tentação do desalento e do ativismo.
5- Somos povo, comunidade. Tão significativo como o testemunho pessoal, é o
testemunho comunitário. Uma comunidade acolhedora de testemunhas, capaz de acompanhar até Cristo os que se aproximam, tem mais força para iEvangelizar do que projetos pessoais isolados.
6- Em tudo, a caridade. A soberba, a divisão e as críticas sem caridade entre cristãos provocam um espetáculo escandaloso, que gera cepticismo e, às vezes, até ateísmo. Construir Igreja, pedir e partilhar a comunhão é uma urgência, se queremos ser ser apóstolos de Cristo e não escravos do Mal, que divide também em rede.
7- Abertos a todos. iEvangelizar exige abertura ao diálogo com todos os que acolhem a fé de bom grado e os a desconhecem ou estão mais afastados.
8- Procuramos frutos e não o êxito. Desejar apenas ter mais seguidores, amigos,
visitas… é uma forma de idolatria. Devemos estar preparados para não nos deixarmos apanhar pelao medo. Os iMissionários não se fascinam pelo êxito pessoal, mas pelos frutos do Reino.
9- Pelo virtual ao presencial. A iEvangelização tem o ponto  de partida no mundo digital, mas procura ultrapassar fronteiras e provocar o encontro no mundo presencial. A iEvangelização verifica-se, purifica-se e dinamiza-se no encontro presencial.
10- Sempre discípulos e sempre aprendendo. Os iMissionários vivemos em busca permanente das linguagens que podem interpelar o coração humano e anunciar Cristo. Por isso, precisamos de uma vivência responsável da fé e de formação contínua no âmbito da comunicação e das novas tecnologias.
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